Estão abertas as inscrições para monitoria voluntária do RECONVISA: I Fórum sobre Violência e Saúde
do Recôncavo da Bahia
As inscrições serão
realizadas entre os dias
14 e 24 de outubro de 2025
O edital de monitoria você confere aqui.
O resultado será divulgado no dia 28 de outubro
de 2025, na página do CCS/UFRB e por aqui.

I FORUM SOBRE VIOLÊNCIA E SAÚDE DO RECÔNCAVO DA BAHIA:
construindo redes de proteção, cuidado e justiça social
A violência é um problema de saúde pública, um fenômeno complexo e multicausal, de grande magnitude e transcendência social, que deixa marcas objetivas e subjetivas, transitórias ou permanentes, nas pessoas e nas estruturas da sociedade. Além das perdas irreparáveis de vidas humanas, gera também elevados custos econômicos para o sistema de saúde e para o desenvolvimento social.
Em 2021, o Brasil registrou 149.322 mortes por causas externas, equivalendo a 8,1% da mortalidade proporcional, com os homicídios ocupando o primeiro lugar, responsáveis por 45.562 vidas ceifadas (30,5% das mortes por causas externas) (Brasil, 2024). A Bahia ocupa posição central nessa tragédia: em 2023, liderou os casos de homicídios dolosos e de letalidade policial, concentrando 12,2% do total de mortes violentas do país. Em 2024, sete dos dez municípios com maiores taxas de homicídio estavam na Bahia, com a cidade de Santo Antônio de Jesus apresentando a maior taxa nacional (94,1 por 100 mil habitantes).
Essa escalada da violência resulta de múltiplos fatores: racismo estrutural, ineficácia das políticas de segurança pública, modelo penal punitivista, “guerra às drogas”, necropolítica de Estado, encarceramento em massa, uso indiscriminado da força policial, avanço e fragmentação das facções criminosas, lógica militarizada, ausência de políticas de prevenção, promoção da cidadania e da cultura de paz.
Construir redes de proteção, cuidado e justiça social emerge como horizonte ético e político: implica reconhecer a centralidade da vida, fortalecer vínculos comunitários, ampliar o acesso a políticas públicas, promover a equidade racial e social e consolidar práticas de cuidado integral e humanizado. Mais do que denunciar as violência, o Fórum busca mobilizar atores e atrizes sociais e institucionais para a criação de estratégias coletivas que defendam o direito à vida e a dignidade humana no Recôncavo da Bahia.
Diante desse cenário, o I RECONVISA – Fórum sobre Violência e Saúde do Recôncavo da Bahia: construindo redes de proteção, cuidado e justiça social propõe promover discussões interinstitucionais e interdisciplinares sobre os impactos da violência na saúde e na vida social, articulando estratégias de enfrentamento no município de Santo Antônio de Jesus e no território do Recôncavo da Bahia.
Objetivos
GERAL
Promover discussões interinstitucionais e interdisciplinares sobre os índices de violência na Bahia, propondo estratégias de enfrentamento no campo da saúde e da segurança pública.
ESPECÍFICOS
> Articular universidade, órgãos públicos e sociedade civil no debate sobre violência e saúde;
> Analisar os impactos da violência na saúde física e mental, em especial da população negra e em situação de vulnerabilidade;
> Fomentar a elaboração de propostas intersetoriais para o enfrentamento da violência;
> Fortalecer a integração do SUS com as políticas de promoção da saúde, segurança pública e direitos humanos;
> Produzir e divulgar conhecimento científico sobre o tema.

Público-Alvo
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Estudantes, docentes e técnicos da UFRB e de outras IES;
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Profissionais de saúde, educação, segurança pública e justiça;
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Representantes de associações, movimentos sociais, coletivos juvenis e ONGs;
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Representantes do poder público municipal, estadual e federal; e
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Pessoas interessadas na discussão desta temática.
Relevância
O Fórum será um espaço estratégico para pactuar compromissos entre instituições acadêmicas, movimentos sociais e poder público, visando reduzir os altos índices de violência e seus impactos na saúde da população. Os debates também contribuirão para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à promoção da equidade racial, da saúde e dos direitos humanos como a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências e a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra.








